Riscos da Projeção  

Cesar de Souza Machado
SPEC - Sociedade para Pesquisa e Expansão da Consciência www.specon.hpg.com.br - cesarm@cdigital.com.br -Brasília-DF

Resumo

Nesse artigo são apresentados alguns dos riscos da projeção da cons ciência para o projetor procurando esclarecer o que é mito e o que é fato com relação a periculosidade dessa experiência. Alguns casos são citados para exemplificar a diversidade de situações com que se depa ram os projetores. Conclui-se, por fim, que os riscos da projeção cons ciente são muito mais produto de desinformação e mistificação do que fatos.

Introdução

Uma das primeiras questões que vem a mente dos iniciantes em projeção da consciência é quanto aos possíveis perigos em se realizar essa experiência. O desconhecimento do assunto faz muitas pessoas afirmarem que a projeção apresenta riscos inclusive para a vida do projetor.

Em 1983, por exemplo, esse autor ouviu de um amigo que este tentara fazer, certo dia, um experimento com objetivo de ter uma experiência fora do corpo. Para tanto, num dia em que estava sozinho em sua resi dência, deitou-se e pôs-se a relaxar.

Decorrido algum tempo, sentiu-se já fora do corpo, pairando a alguns centímetros do mesmo quando, subitamente, alguém bateu a porta de sua residência provocando-lhe com isso uma violenta repercussão seguida por uma rápida reinteriorização no soma (1). Segundo esse amigo relatara na época, por pouco poderia ter perdido a vida nesse episódio.

Riscos da Projeção Consciente

Hoje, após muitos anos de estudos e experimentações e da populariza ção das Experiências Fora do Corpo, sabemos que a ideia de que pode-se facilmente morrer ao se fazer uma projeção consciente é equivoca da. A reinteriorização súbita não provoca mais do que um desconforto passageiro.

Ao longo desse tempo esse autor realizou intensa pesquisa bibliográfica assim como questionou dezenas de projetores conscientes e, em todos os casos, nunca foi possível identificar um único caso sequer em que uma pessoa houvesse morrido devido a ter tido uma projeção conscien te.

Isso não significa obviamente que a projeção consciente não tenha seus riscos. Na realidade, todas as atividades humanas envolvem algum tipo de risco: atravessar uma rua, tomar um taxi, andar de bicicleta, trabalhar.

Em todas essas atividades corremos risco de sofrer alguma tipo de acidente mais ou menos grave. Com a projeção da consciência não pode ser diferente.

Os adeptos do humor negro certamente poderão afirmar que quem morreu ao se projetar conscientemente não voltou para contar, daí a relativa ausência de relatos.

Brincadeiras a parte, se tal fosse verdade, haveria um histórico de pro jetores conscientes que faleceu misteriosamente durante um experi mento projetivo, ou que amanheceram mortos em suas camas. Felizmente não existe nada disso. Fora os riscos de vida, existem outros menos definitivos mas igualmente dramáticos.

Por exemplo, um projetor pode se defrontar com consciências doentias fora do corpo, seja porque o projetor movido por interesses pessoais invadiu o território dessas consciências seja porque ele fez uma projeção assistencial. No primeiro caso, ele poderá ficar a prápria sorte e, quem sabe, levar um assédio para casa. No segundo caso, sempre existem os amparadores (2) para auxiliarem o projetor nessas ocasiões.

O que pouca gente sabe é que o nível de desenvoltura da imensa maio ria dos projetores conscientes exige o concurso de consciências extra físicas para monitorarem seus vôos.

Assim que saímos do corpo conscientemente, ou por outra, quando adquirimos lucidez de que estamos fora do corpo, de alguma forma, os amparadores ficam sabendo e, se já não estiverem por perto, chegam rapidinho para evitar que façamos bobagens ou que venhamos a nos meter em encrencas.

Usando uma metáfora bastante atual, é como se tivéssemos um chip implantado com o qual somos monitorados. Quando ficamos conscien tes fora do corpo, um alarme soa em algum lugar lá no alto e um anjo da guarda já vem em nosso encalço.

Ao nos projetarmos, um poderoso laço energético, ocasionalmente visível para o projetor, denominado cordão de prata, une o corpo extrafísico da consciência projetada, o psicossoma ao corpo físico.

Tão forte é a ação desse cordão que, se um projetor mantiver-se muito próximo ao próprio soma, ele é invariavelmente tracionado pelo cordão para dentro do corpo físico. Alguns projetores desavisados passam pela situação em que, estando fora do corpo, mas ainda muito próximos a ele, demoram-se a se afastar sendo puxados por traz, com certa força, para dentro do corpo.

Essa sensação dá a impressão de que há alguém puxando o projetor por traz, o que cria um conhecido relato: sai fora do corpo e um obsessor tentou me pegar. Os adeptos do humor negro novamente se fazem presentes com a já velha história do obsessor (3) que possui uma enorme tesoura astral com a qual vai cortar o cordão de prata de quem ousar ter uma projeção consciente.

Na realidade, o cordão de prata só se rompe com a morte do corpo físico e, mesmo assim, é um processo que, na maioria dos casos, leva vários dias para se completar pois trata-se de uma ligação átomo a átomo do corpo extrafísico com o corpo físico. Não obstante, sob certas condições muito especiais, é possível que repercussões extrafísicas sigam pelo cordão e venham a acarretar malefícios para o soma.

Para exemplificar uma situação assim, Waldo Vieira, em diversas palestras proferidas pelo Brasil nos anos 90, relatou um caso em que, fazendo um resgate extrafísico de uma consciência aprisionada em um antro de assediadores (3) , teria caído em uma armadilha onde se viu imobilizado por um grupo de seis consciências extrafísicas, todas experientes em mobilização de energia.

Acuado, tamanha era a agressividade do ataque que sofria, que Waldo pensou que a repercussão que seria causada em seu corpo levaria este a morte.

Quando tudo parecia perdido, um amparador, invisível a todos, ativou um centro energético na paracabeça (4) de Waldo que, ato contínuo, como que instintivamente, retirou das profundezas da memória, um mantra (5) muito especial que ele usara em remota vida anterior e que nessa vida ele nem sequer desconfiava que existia.

Ao proferir esse mantra, o grupo de assediadores sofreu tamanho impacto energético que foi atirado longe e Waldo pode retornar ao seu corpo físico.

Essa situação nos remete a outra questão: Se os amparadores estão sempre por perto quando estamos projetados conscientemente, o mesmo ocorre quando estamos projetados de forma inconsciente? Como se sabe, todas as pessoas tem projeções inconscientes quando dormem, situando-se geralmente, bem próximas ao soma.

Nessa situação elas tem sonhos e pesadelos além da própria incons ciência do sono. Quando nos manifestamos mais ativamente nesse estado, temos projeções semi conscientes, misturando onirismo e realidade.

Nessas situações, o concurso dos amparadores, embora possa ocorrer, não é tão necessário pois estamos sob ação de nossos instintos que, moldados ao longo de milhares de existências, são bastante eficientes em nos proteger, provocando, por exemplo, a volta imediata ao corpo físico.

Projetores que dispensam amparo existem mas ainda são muito raros. Um dia, contudo, todos chegaremos invariavelmente a essa condiçõo.

Conclusão

A projeção consciente é inerente a todos os seres humanos, presente desde tempos imemoriais em nossa cultura, mascarada sob a forma de sonhos, alucinações, devaneios ou outros estados alterados de cons ciência.

Trata-se de um fenômeno fisiológico (ou para-fisiológico) que, como tal, não traz, por si só riscos a vida do projetor.

Situações de risco estão presentes em todas as atividades humanas, inclusive durante uma projeção consciente, mas, de um modo geral, percebesse que, devido ao desconhecimento, tende-se a mistificar sobre as possíveis consequências das projeções para o bem estar dos experimentadores.

(1) Soma: O corpo físico.
(2) Amparadores: Consciências extrafísicas que assistem as projeções conscientes.
(3) Obssessores e Assediadores: Consciências extrafísicas doentias com graus variados de lucidez.
(4) Paracabeça: A cabeça do psicossoma - o corpo extrafísico.
(5) Mantra: Literalmente, instrumento para conduzir o pensamento.

Uma série de sílabas ou fonemas que, entoados mental ou verbalmen te, invocam certo tipo de energias associadas aquela sequência de fonemas.

Referências Bibliográficas

BORGES, W. E. Viagem espiritual II. 1a Edição. Londrina, Paraná. Ed.Universalista. 1995.

Nota: A reprodução desse texto ou parte dele é permitida desde que citada a fonte.





 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 

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