Muitos
consideram que a Terapia de Vidas Passadas é uma vivência,
ou uma experiência mística. Que basta uma consulta para
resolver todos os nossos problemas, instantaneamente.
Muitos
também acham que basta ver a vida passada e pronto, tudo se resolve.
Por
fim, um terceiro grupo acha que o mais importante é a conversa
com o terapeuta - posterior ou anterior à regressão -
para elucidar tudo que houve.
Nenhum
dos três está certo, e ao mesmo tempo todos estão.
O
certo, o ideal a ser buscado, á a união dos três.
De
fato, a TVP é uma experiência mística. Chega a ser
única, pois sua profundidade é tamanha que em grande parte
a experiência é unicamente do paciente, pois em determinadas
áreas a vivência é tão íntima que
o terapeuta acaba não participando. É como se uma parte
da alma se renovasse, tomasse fôlego para continuar sua caminhada
evolutiva.
Eu
nem deveria dizer que é óbvio que uma consulta não
resolve tudo, mas infelizmente muitas pessoas ainda pensam assim. A
TVP acabou ficando muito na fronteira entre as Terapias Holísticas
e a Psicologia, e isso gera confusão. Muitas Terapias Holísticas
são rápidas, o que faz pensar que basta fazer uma sessão
de TVP e pronto. A Psicologia na sua maioria é longa e detalhada,
o que faz pensar que a TVP só deve ser buscada em último
caso.
Na
verdade, a TVP é rápida, mas não instantânea
- dura de 4 a 9 meses. Deve ser cercada de cuidados, mas também
não deve ficar atrás de uma muralha fortificada - com
exceção de gestantes, deficientes auditivos, psicóticos
graves e cardíacos, todos podem fazer.
Claro,
apesar de ter o lado vivência, não basta apenas retomar
o evento do passado. É preciso de ajuda terapêutica para
harmonizar, drenar, ressignificar, contextualizar e adaptar à
realidade atual tudo que é visto.
E
sobre a famosa parte da conversa com o terapeuta: ela é necessária,
mas não deve ser enfatizada unicamente. Ela faz parte de um processo,
e pode ser incentivada durante o próprio processo regressivo,
pois em estado alterado de consciência tudo é mais claro.
Já
ouvi muitos relatos de pessoas que passaram por terapeutas que faziam
uma regressão e cinco sessões de conversa. Isso tem nome:
enrolação. Apesar de ser necessária, a conversa
só faz sentido quando inserida dentro da dinâmica da TVP,
pois a pessoa buscou a terapia exatamente por isso: pelas vidas passadas.
Já
aconteceu bastante de eu ficar sabendo de pessoas que estavam sendo
acompanhadas por um terapeuta de vidas passadas e por um terapeuta tradicional,
e quando ela passava mal ou precisava falar sobre algo procurava o terapeuta
tradicional. Essa mentalidade mostra que talvez as pessoas ainda não
tenham entendido que TVP é terapia sim! É terapia e deve
sempre ser encarada como tal.
Sou
totalmente a favor da parceria com a terapia tradicional, mas sou contra
a marginalização da TVP, e a falta de ética de
muitos terapeutas tradicionais, que chegam a ser contra a TVP e às
vezes chegam até a indicar que a pessoa não faça.
O
caminho para esse impasse se resolver é a qualificação
cada vez maior do terapeuta de vidas passadas, que deve ter como missão
máxima ler, estudar, se aperfeiçoar, e fazer juz à
toda a complexidade de seu trabalho. Além disso, quanto mais
produção científica e séria for feita sobre
a TVP, mais informação os psicólogos terão
para perderem seus preconceitos equivocados.
Considere
seu terapeuta de vidas passadas tão terapeuta quanto o seu psicólogo,
pois ambos estão trabalhando pela sua harmonização
com todo o carinho, cada um em sua especialidade!
Camila
Sampaio
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